terça-feira, 30 de agosto de 2011

Muro de Berlim- Uma forma de segregação




A construção dos chamados “muros” pode ser considerada como um ato extremo de
segregação social, econômica, cultural e, principalmente, política.
O caso mais notório da presença destas barreiras é o Muro de Berlim, que dividia, através de um muro de concreto, o território da capital alemã. Ali estavam representadas duas formas distintas de governo e ideologia: de um lado, a Alemanha Oriental, socialista, e de outro a Alemanha Ocidental, capitalista.

São as relações políticas que mantêm as fronteiras nacionais tais como são. Dessa forma, alguns Estados podem organizar barreiras defensivas em torno de seus territórios impossibilitando a entrada de migrantes de forma irregular. Tal fato, além de desestruturar a economia local, já que o governo deve prover para esses indivíduos condições básicas de sobrevivência, ainda pode abalar a política, pois essas pessoas trazem o conhecimento de outras formas de governo e estruturação do Estado.

Estes são os principais fatores que levam um Estado a levantar em suas fronteiras muros de concreto. No entanto, não é somente a entrada de migrantes ilegais que esses muros impedem, mas também a livre circulação de serviços, capital e culturas.

Dessa forma, não só a política e economia desses países ficam comprometidas, mas também toda a configuração social que acaba perdendo espaço por não poder se comunicar livremente através das fronteiras estatais. Há de se pensar ainda nas relações familiares que muitas vezes são cortadas abruptamente por decisões governamentais de estabelecer estas barreiras.”

Trechos extraídos do texto “SEGREGAÇÃO TERRITORIAL: DA QUEDA DO MURO DE BERLIM AOS ESTADOS GLOBALIZADOS” autoria de Camila Bernardelli e Profª. Drª.Vânia Rúbia Farias Vlach.

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